Quatro jovens denunciaram terem sido assediadas, ameaçadas e agredidas pelo delegado da Polícia Federal Luís Felipe da Silva. O caso a aconteceu no domingo (24), no lago de Palmas. A Polícia Civil informou que investiga supostos crimes contra a honra e lesão corporal por parte do delegado.
>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.
Uma das vítimas contou que o delegado agrediu não apenas verbalmente, como fisicamente. “Isso não pode ficar assim, a justiça tem que ser feita”, Ressalta.
Após ser questionada sobre as medidas que vai tomar sobre o caso, a Superintendência da Polícia Federal no Tocantins se limitou a dizer apenas que está “apurando as circunstâncias do fato”.
As jovens disseram que logo após os assédios saíram do lago após os assédios e foram denunciar o caso em uma delegacia, mas foram seguidas pelo delegado.
“Ele chegou embriagado com o cigarro na mão e falando alto: ‘O que está acontecendo, o que está acontecendo?’ Como se não tivesse ocorrido nada”, contou uma das jovens.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) de Palmas. A Secretaria de Segurança Pública disse que mais informações sobre o caso não serão divulgadas para preservar a integridade das vítimas.
A Ordem dos Advogados no Tocantins informou que vai acompanhar as investigacoes, pois uma das vítimas é advogada.
“Essa colega foi agredida por uma pessoa que deveria estar desempenhando o papel de defendê-la. Então, todas as medidas possíveis e cabíveis nós estaremos à frente delas”, afirmou a presidente da Comissão da Mulher, Jandra de Paula.
Entenda
Conforme relato das vítimas, as quatro estavam de lancha em uma ilha quando o delegado chegou para conversar. Segundo elas, ele estava embriagado e tinha o comportamento desrespeitoso e violento.
Depois da abordagem, as jovens resolveram se afastar e foram para a Ilha Canela. “Meia hora depois ele chegou de lancha e ficou do nosso lado. Ele assediou uma por uma. Ficou falando que era delegado e que podia bancar a gente”, contou uma das vitimas.
Ainda segundo o relato da jovem, o delegado ficou ainda mais violento quando elas pediram para ele parar e se afastaram.
O delegado agarrado na parte debaixo do meu biquíni e puxou em duas das jovens. Depois ele teria jogado uma latinha em uma delas, mas não acertou. Daí ele encheu a lata de água e acertou na cabeça de outra.
