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Na tarde dessa segunda-feira (19), o secretário se Segurança Pública Fernando Ubaldo Monteiro Barbosa entregou o cargo. Sua saída foi informada ao governador Mauro Carlesse (PHS) em um ofício que também traz o pedido de demissão de outros sete servidores que ocupavam cargos no primeiro escalão da pasta. As saídas ocorrem em meio a crise devido o afastamento de 12 delegados do cargo de delegado regional.
Entre os delegados exonerados está Bruno Boaventura, responsável por coordenar investigações sobre o depósito irregular de lixo hospitalar, que envolver o ex-juiz eleitoral João Olinto e seu filho, o deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), que era líder do governo, mas renunciou a posição nesta segunda-feira depois das polêmicas.
O deputado e o pai estariam envolvidos com um galpão irregular onde foram encontradas quase 200 toneladas de lixo hospitalar dos hospitais públicos do estado. O ex-juiz possui mandado de prisão aberto e é considerado foragido.
Segundo o ofício, os gestores colocam o cargo à disposição do governador em caráter irrevogável. Além do secretário Fernando Ubaldo, também pediram exoneração dos cargos de chefia os seguintes:
- Subsecretário: Wlademir Costa Oliveira
- Delegado geral: Vinicius Mendes de Oliveira
- Gerente de operação: Wanderson Chaves de Queiroz
- Diretoria de Inteligência e Estratégia: Luciana Coelho Midlej
- Diretor da academia de polícia: Marcelo Santos Falcão Queiroz
- Diretora de Polícia da Capital: Antônia Ferreira dos Santos
- Diretor de Polícia do Interior: Marcio Girotto Vilela
Investigação do MPE
O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou nesta segunda-feira (19), dois inquéritos civil públicos para apurar supostas ilegalidades na recente exoneração de funções comissionadas de delegados regionais. A intenção é averiguar a motivação das exonerações e também se o ato visou o desmantelamento da estrutura hierárquica e administrativa da Polícia Civil do Estado do Tocantins.
No total, 12 autoridades policiais foram exoneradas do cargo de Delegado Regional de Polícia Civil, por meio de ato publicado no Diário Oficial do Estado da última sexta-feira (16). As investigações são conduzidas paralelamente pelo Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gecep) e pela 9ª Promotoria de Justiça de Palmas.
Conforme o MPE, o Gecep focar no possível desmantelamento da estrutura da Polícia Civil e a 9ª Promotoria de Justiça averiguar eventual ato de improbidade administrativa, referente a desvio de finalidade na exoneração dos servidores.