Criança faz apelo ao prefeito de Palmas “Amastha paga minha mãe”

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A foto de uma criança segurando um cartaz com os dizeres “Amastha paga minha mãe” ganhou as redes sociais nesses últimos dias, causando diversas reações, entre elas, uma grande comoção. O apelo da criança é para que o prefeito de Palmas Carlos Amastha reveja sua decisão de cortar o ponto dos professores em greve e pague os profissionais da rede municipal de ensino, entre eles a sua mãe.

Mesmo reconhecendo não ter cumprido o acordo feito com os educadores em 2015, que motivou a greve mantida por 22 dias, Amastha utiliza de velhas práticas políticas, que podem ser vistas como retaliadoras, para lidar com a situação. Desde o início o gestor se recusa a negociar com os representantes da categoria, uma atitude mais comum em relações empresariais do que nas públicas.

Vale lembrar que na paralisação de 2015, o prefeito teve a atitude inédita de tentar levar o caso à polícia,  onde requereu  junto a Justiça a prisão do presidente do sindicato da categoria. Amastha recuou posteriormente, depois da péssima repercussão de sua atitude.

E por fim, o prefeito cortou o ponto dos trabalhadores pelos 22 dias em greve, o que atingiu cerca de mil famílias. Entre os casos mais comoventes, teve o de um profissional que recebeu apenas 31 centavos liguidos de seus vencimentos, devido ao corte. Para manter sua decisão, Amastha alega que durante o período de paralisação, os estudantes da rede municipal tiveram suas atividades pedagógicas funcionando normalmente.

No entanto, apesar da massiva campanha publicitária, com chamadas na TV, carros de som, entre outros, com intuito de propagar a ideia de que as aulas estavam acontecendo normalmente, e posteriormente, coordenadores das unidades educacionais ligarem para os pais levarem seus filhos para as escolas, tais atitudes não convenceram a Defensoria Publica do Estado (DPE) e o Ministério Público Estadual (MPE).

O MPE chegou a manifestar sua convicção que os alunos da rede municipal não tiveram aulas durante a greve. O órgão informou que recebeu mais de 2.800 pedidos e com isso, exigirá a reposição das aulas.

A reposição das aulas seria um grande revés à decisão de Amastha, que continua intransigente em não negociar com os educadores. Com dias de aulas sendo repostos, cai por terra a justificativa do gestor para cortar o ponto dos profissionais, sendo obrigado a restituir o valor.

Campanha de solidariedade 

Com o objetivo de arrecadar alimentos para os trabalhadores da educação que tiveram seus pontos cortados devido adesão à greve, teve inicio a campanha “Servidor sem salário tem fome” . As caixas de coleta de doações estão espalhadas em diversos pontos da cidade e já desperta a solidariedade da população palmense.

CAmpanha professor tem fome

Os pontos de coleta, podem ser acessados por este link.

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