Covid-19: OMS interrompe ensaio clínico com hidroxicloroquina

Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a suspensão é por questão de segurança.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu os testes com a hidroxicloroquina, medicamento para malária, em pacientes com covid-19 em razão de questões de segurança, informou nesta segunda (25) o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A hidroxicoloroquina tem sido apontada pelo presidente Jair Bolsonaro, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump como um possível tratamento para a doença causada pelo novo coronavírus. O presidente norte-americano afirmou que estava tomando o medicamento para ajudar a prevenir a infecção.

“O grupo executivo tem implementado uma pausa temporária do ramo da hidroxicloroquina no estudo Solidarity, enquanto os dados de segurança são revisados ​​pelo conselho de monitoramento de segurança de dados”, disse Tedros em uma entrevista online.

Ele afirmou que os outros ramos do estudo – uma importante iniciativa internacional para realizar testes clínicos de possíveis tratamentos para o vírus – continuavam.

Anteriormente, a OMS já havia recomendando contra o uso da hidroxicloroquina no tratamento ou prevenção de infecções pelo coronavírus, exceto como parte de ensaios clínicos.

Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, disse que a decisão de suspender os testes com hidroxicloroquina tinha sido tomada por “muita cautela”.

Brasil

Após forte insistência de Bolsonaro e queda de dois ministros da Saúde em plena pandemia, na semana passada, a pasta incluiu a cloroquina, e seu derivado hidroxicloroquina, no protocolo de tratamento para pacientes com sintomas leves de covid-19 no Brasil.

De acordo com o novo protocolo, cabe ao médico a decisão sobre prescrever ou não a substância, sendo necessária também a vontade declarada do paciente, com a assinatura do Termo de Ciência e Consentimento.

*Com informações da Agência Brasil