O corregedor-geral da Polícia Civil, Fábio Augusto Simon, entregou o cargo na manhã desta sexta-feira (21). A renúncia ocorre dias após a corregedoria divulgar o primeiro Relatório de Atividades Funcionais (RAF). A polêmica começou quando os delegados responsáveis por investigar políticos e esquemas de corrupção no estado tiram nota zero.
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O caso ganhou intensa repercussão e método de avaliação foi alvo de críticas. Um dia depois ser divulgado, o Governo do Tocantins publicou uma portaria suspendendo do relatório, reconhecendo que havia inconsistência nos dados e que eles precisariam ser corrigidos.
Fábio Augusto Simon estava à frente da corregedoria desde janeiro de 2015, quando foi nomeado pelo então governador Marcelo Miranda (MDB). Ele afirmou que resolveu deixar o cargo por “razões pessoais”.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) ainda não se manifestou sobre o caso.
O relatório
O primeiro relatório de produtividade da Polícia Civil do Tocantins, chamado de Relatório de Atividades Funcionais (RAF), foi publicado no Diário Oficial do Estado de terça-feira (18). Nele, os delegados responsáveis por investigações contra políticos e esquemas de corrupção tiraram notas zero em praticamente todos os quesitos.
O documento analisou dados quantitativos em 15 critérios objetivos, entre eles a quantidade de inquéritos abertos e encerrados, prisões e buscas realizadas. Conforme a publicação, o relatório leva em conta a atuação policial no primeiro trimestre de 2019.
o delegado Guilherme Rocha, que é responsável pela Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma) de Palmas, se manifestou em seu microblog que “foi publicado o RAF constando minha produtividade como ZERO. É dizer, operações como JOGO LIMPO, ESPECTRO (fantasma na AL), CATARSE (fantasma em tudo), dentre outras; não passam de um FAZ DE CONTA no imaginário do povo tocantinense. Próximo passo: minha remoção da DRACMA.sobre a avaliação. Ele ficou com zero em toda a avaliação (Sic)”.