Corpo de tocantinense morta no Suriname chega ao Brasil para velório e sepultamento

Cerimônia será realizados em Buriti do Tocantins, onde mora parte da família Romenia Brito. Ela foi morta a facadas em uma vila que fica às margens do rio Lawa.

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O corpo de Romenia Brito, de 28 anos, chegou ao Brasil na tarde desta sexta-feira (11), 18 dias após ela ter sido assassinada a facadas. O crime aconteceu numa vila que fica às margens do rio Lawa, na fronteira da Guiana Francesa com Suriname. O principal suspeito do crime é Aimar Lopes de Souza, marido da vítima, que está preso.

As cerimônias de velório e sepultamento serão realizadas em Buriti do Tocantins, na região do Bico do Papagaio, no norte do estado onde vive a maior parte da família da vítima.

O pai de Romenia esteve na vila onde crime aconteceu e autorizou a liberação do corpo, que estava no Instituto Médico Legal (IML). A família conseguiu o dinheiro para fazer o translado do corpo através de uma vaquinha pela internet.

O corpo de Romenia chegou a Belém (PA) por volta de 15h30 e agora segue para o Tocantins em um carro funerário. Uma pessoa da família foi à cidade buscar o pai e os dois filhos da vítima, de 10 e cinco anos, que também fazem o trajeto. O avô conseguiu uma autorização para trazê-los e o processo que vai definir com quem ficará a guarda das crianças vai ser definido pela Justiça brasileira.

O restante da viagem deve durar aproximadamente 10 horas. O velório vai começar durante a madrugada e o enterro será às 17h deste sábado (12), no cemitério municipal Campo da Saudade.

Entenda

Romenia foi morta a facadas na casa que morava. A família inicialmente informou que o crime havia ocorrido em território da Guiana Francesa, mas depois confirmou que a vila onde a mulher foi morta fica no Suriname. Segundo autoridades locais, o principal suspeito é Aimar Lopes de Souza, marido da vítima, que está preso.

tocantinense
Romenia com o marido – Foto: Divulgação

A irmã da vítima, Holanda Brito Reis, de 26 anos, contou que ficou sabendo do crime ao tentar fazer contato com a vítima por um aplicativo de celular.

“Aqui na cidade está tendo um festejo e nós tiramos uma foto com o padre que batizou a gente quando éramos criança. Eu mandei a foto por volta das 6h40 e vi que ela ficou online horas antes, 4h26, e até estranhei porque costumava acordar mais tarde. Logo depois uma mulher me ligou do número dela [da irmã] e disse que minha irmã tinha morrido”, contou.

O assassinato aconteceu durante a madrugada e teria sido presenciado pelo filho mais velho de Romenia Brito, que tem 10 anos. Ela, que morava fora do país havia 12 anos, havia se mudado para o Surimane com apenas 16 anos de idade.

A suspeita da família é que o crime tenha sido motivado por ciúmes. Romenia tinha informado para a mãe que estava infeliz no casamento e que pretendia voltar ao Brasil. Ela tinha comprado uma passagem só de vinda ao país e avisado a mãe sobre a decisão horas antes de ser morta.