Coronavírus: Seis casos suspeitos são monitorados no Tocantins

Acompanhamentos são em Palmas, Porto Nacional, Paraíso do Tocantins e Araguaína. No Brasil, casos confirmados de Covid-19 subiu de 98 para 121.

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No estado do Tocantins, oito casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus são monitorados. Dos acompanhamentos, três são em Palmas e os  restantes são em Porto Nacional, Paraíso do Tocantins e Araguaína.

Destes, apenas os casos das duas pacientes da capital entraram para a lista do Ministério da Saúde. Elas são recém chegadas da Europa e seguem em isolamento domiciliar aguardando o resultado dos exames.

Conforme a Secretaria de Saúde, após investigação de histórico epidemiológico, início do acompanhamento e resultados preliminares, este é o ponto, de acordo com protocolo definido, em que os casos são incluídos na relação oficial do Ministério da Saúde, aguardando contraprova que definirá a confirmação ou não da contaminação pelo Covid-19.

Ainda segundo a pasta, a previsão é que os resultados do caso das duas jovens sejam divulgados na próxima terça-feira (17).

Casos confirmados

No Brasil, o número de casos confirmados Covid-19 subiu de 98 para 121, conforme a última atualização do Ministério da Saúde divulgada neste sábado (14). De acordo com os dados, 1.496 pessoas são monitoradas por suspeitas de estarem infectadas pelo novo coronavírus.

Os casos confirmados estão divididos em 13 estados: São Paulo tem 65 registros; o Rio de Janeiro, 22; o Paraná, 6; o Rio Grande do Sul, 6; o Distrito Federal, 6; Santa Catarina, 4; Goiás, 3; Pernambuco, 2; a Bahia, 2; Minas Gerais, 2; o Rio Grande do Norte, 1; Alagoas, 1; e Espírito Santo, 1. Entre os casos suspeitos, apenas os estados do Amapá e de Roraima ainda não têm registro.

Os estados de  São Paulo e do Rio de Janeiro já registraram casos de transmissão comunitária de coronavírus. Esse tipo de transmissão ocorre quando as equipes de vigilância não conseguem mais mapear a cadeia de infecção, não sabendo quem foi o primeiro paciente responsável pela contaminação dos demais. A maioria, entretanto, ainda é de casos importados (pessoas contaminadas no exterior) e de transmissão local (por meio de contato com pessoas de casos importados).

Na última quarta-feira (11), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia de coronavírus. O termo é usado quando uma epidemia – grande surto que afeta uma região – se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.

Atualmente, há mais de 135 países com casos confirmados da infecção.

Sobre o Coronavírus

O Covid-19 é um agente viral novo, de uma família já conhecida, que sofreu alterações em sua estrutura e agora adquiriu a capacidade de infectar seres humanos. Ele age causando desde uma síndrome respiratória simples, como um resfriado, até uma grave, como pneumonia, exceto nos casos assintomáticos, quando o portador ainda é transmissor do vírus, mas não apresenta nenhum de seus sintomas.

Inicialmente, os primeiros casos foram identificados na região da China e, pelas suas características de transmissibilidade, se espalhou pelo mundo. Na última quarta-feira, 11, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a rápida proliferação do novo coronavírus pelo mundo já se configura como uma pandemia, ou seja: uma enfermidade epidêmica amplamente disseminada, neste caso, presente em todos os continentes. 

Muito ainda se pesquisa para melhor compreensão do novo vírus, entretanto estima-se um período de dois a 14 dias de encubação. Assim, é possível identificar a contração do vírus em pacientes que respeitem os critérios de definição para suspeita do novo coronavírus: episódios de tosse ou falta de ar, combinados com febre, histórico de presença em região onde há circulação do agente viral pelos últimos 14 dias ou contato com outros pacientes com diagnóstico confirmado. Estes casos serão incluídos no protocolo de enfrentamento.

Internação de pacientes

Os cuidados com idosos devem ser reforçados, uma vez que é um público mais suscetível à uma atuação mais aguda dos sintomas do novo vírus. Os pacientes que oferecem maior risco estão na faixa etária acima dos 60 anos, bem como aqueles que apresentam comorbidades, ou seja, a associação de mais doenças, como Diabetes.

Nos casos em que os sintomas se apresentarem mais brandos, a recomendação será a recuperação e o isolamento domiciliar, uma vez que o quadro se assemelha à uma gripe comum, no entanto, quando os sintomas se apresentam de forma aguda, causando dificuldades na respiração, como uma crise de asma, o uso de ventiladores mecânicos para auxiliar na respiração do paciente se torna imprescindível.

Assim, para esses casos que necessitarem de acompanhamento hospitalar, o Estado preparou 14 leitos isolados na unidade de internação e outros três na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Palmas (HGP).

Orientações do Ministério da Saúde

Como forma de orientação nesta nova etapa de contágio do covid-19, o Ministério da Saúde divulgou ao fim do dia uma série de orientações à população, que deverão ser adaptadas pelos gestores estaduais e municipais, de acordo com a realidade local. Com base na evolução dos casos no Brasil até o momento, estima-se que, sem a adoção das medidas propostas pela pasta para prevenção, o número de casos da doença dobre a cada três dias.

Atitudes adotadas no dia a dia, como lavar as mãos e evitar aglomerações, reduzem o contágio pelo covid-19. O Ministério da Saúde recomenda a redução do contato social, o que, consequentemente, reduzirá as chances de transmissão do vírus, que é alta se comparado a outros coronavírus do passado.

Há ainda a orientação que propõe o reforço da prevenção individual com a etiqueta respiratória (como cobrir a boca com o antebraço ou lenço descartável ao tossir e espirrar), o isolamento domiciliar ou hospitalar de pessoas com sintomas da doença por até 14 dias, além da recomendação para que pacientes com casos leves procurem os postos de saúde.

Os vírus respiratórios se espalham pelo contato, por isso a importância da prática da higiene frequente, a desinfecção de objetos e superfícies tocados com frequência, como celulares, brinquedos, maçanetas e corrimão, são indispensáveis para a proteção contra o vírus. Até mesmo a forma de cumprimentar o outro deve mudar, evitando abraços, apertos de mãos e beijos no rosto. Essas são as maneiras mais importantes pelas quais as pessoas podem proteger a si e sua família de doenças respiratórias, incluindo o covid-19.

Vacina contra gripe

A vacina contra a gripe também é recomendada e a Campanha Nacional de Vacinação terá início no dia 23 de março, quando idosos e profissionais de saúde terão prioridade para se vacinarem. A vacina contra a influenza garante proteção para três tipos de vírus (H1N1, H3N2 e Influenza B). Mesmo que a vacina não apresente eficácia contra covid-19, é uma forma de prevenção para outros vírus, ajudando a reduzir a demanda de pacientes com sintomas respiratórios e acelerarem o diagnóstico para o novo coronavírus.

Viajantes

Para pessoas que fizeram viagens internacionais é indicado o isolamento domiciliar voluntário por sete dias, a partir da data de desembarque no Brasil. Caso apresente febre e tosse ou dificuldade para respirar é necessário procurar um posto de saúde. Há ainda o telefone 136, em caso de dúvidas.

Grandes eventos

Eventos de massa podem ter sérias consequências para a saúde pública se não forem planejados e gerenciadas com cuidado. O Ministério da Saúde recomenda o cancelamento ou adiamento de grandes eventos, se houver tempo hábil. Se não for possível, recomenda-se que o evento seja realizado sem público. É recomendada a transmissão virtual do evento, além de mudança da estrutura de área fechada para aberta.

Medidas de prevenção

Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar bem as mãos (dedos, unhas, punho, palma e dorso) com água e sabão, e, de preferência, utilizar toalhas de papel para secá-las. Além do sabão, outro produto indicado para higienizar as mãos é o álcool gel, que também serve para limpar objetos como telefones, teclados, cadeiras, maçanetas, etc.

Para a limpeza doméstica recomenda-se a utilização dos produtos usuais, dando preferência para o uso da água sanitária (em uma solução de uma parte de água sanitária para 9 partes de água) para desinfetar superfícies. Utilizar lenço descartável para higiene nasal é outra medida de prevenção importante.

Deve-se cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Também é necessário evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas. Além disso, as máscaras faciais descartáveis devem ser utilizadas por profissionais da saúde, cuidadores de idosos, mães que estão amamentando e pessoas diagnosticadas com covid-19.