Representantes do Conselho Regional de Medicina procuraram o Ministério Público Estadual para relatar prejuízos à saúde pública decorrentes da recente exoneração de médicos que integravam o quadro da Secretaria Estadual da Saúde. Eles foram recebidos pelo procurador-geral de Justiça, José Omar de Almeida Júnior, nesta quarta-feira (9).
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Segundo o CRM, as exonerações ocorreram sem o devido planejamento, resultando no agravamento de problemas que já existiam, em especial a insuficiência de profissionais para a cobertura integral das escalas de plantões médicos e a não designação de um diretor técnico para cada unidade hospitalar, que é exigida por decreto federal.
Os integrantes do CRM informaram que ainda estão juntando informações, mas que existe o indicativo de que a maior parte das recontratações já realizadas prevê jornadas de trabalho inferiores para os médicos, o que aponta para a persistência da falta profissionais nas unidades da rede pública.
“Não estamos aqui por uma questão corporativa, mas para fazer uma defesa dos serviços de saúde prestados à sociedade”, justificou o presidente do CRM, Jorge Guardiola.
Antes de ir ao MPE, eles se dirigiram ao Ministério Público Federal (MPF), para relatar a situação. No período da tarde, visitariam as secretarias estaduais de Saúde e de Segurança Pública.
O chefe do Ministério Público em sua avaliação disse “vamos torcer para que haja um entendimento o mais rápido possível, já que a saúde pública é uma área tão sensível e requer providências urgentes e de bom senso”.
O Ministério Público acompanhará os desdobramentos dessa questão, segundo informou José Omar.