Caseiro é condenado a 19 anos de prisão por matar professor da rede estadual em Palmas

Durante julgamento, homem disse que matou o professor Carlos Henrique em legítima defesa para não ser estuprado. Argumento não foi aceito pelos jurados.

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Thiago Moreira Rodrigues, de 31 anos, foi condenado a 19 anos de prisão pelo assassinato do professor Carlos Henrique de Sousa Luz, ocorrido em abril de 2023, na região sul de Palmas. O professor, que trabalhava na rede estadual de ensino, foi morto com 27 facadas no quintal de sua própria casa.

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Durante o julgamento, Thiago confessou o crime, alegando que agiu em legítima defesa para se proteger de uma suposta tentativa de estupro por parte da vítima. No entanto, o argumento de legítima defesa foi rejeitado pelos jurados, que consideraram que o caseiro agiu por motivo fútil, com crueldade e sem dar chance de defesa ao professor.

O Tribunal de Justiça destacou a alta periculosidade do réu na determinação da pena, mencionando que sua esposa relatou ter sido ameaçada por ele com um facão em 2022.

Foto: Divulgação

De acordo com o processo, Thiago foi convidado pelo professor, que ele não conhecia, para beber em sua casa e participar de relações sexuais com sua esposa. No entanto, após a mulher se recusar, uma discussão começou entre os dois homens. Thiago então pegou uma faca e desferiu 27 golpes no professor, fugindo do local com a motocicleta da vítima. Ele foi preso dias depois.

O corpo de Carlos Henrique foi encontrado nu, escondido sob uma telha e um portão no quintal da casa. Além da condenação de 19 anos de prisão, Thiago foi condenado a pagar uma indenização de R$ 100 mil à família da vítima por danos morais. A decisão ainda cabe recurso, mas o condenado não poderá recorrer em liberdade.

Relembrando o caso

Carlos Henrique de Sousa Luz foi encontrado morto no dia 24 de abril de 2023, em sua residência na quadra ACSU-SE 120 (1.102 Sul). A Polícia Militar foi acionada por volta das 6h30 e, ao chegar ao local, encontrou a esposa da vítima junto à Polícia Civil.

O caseiro foi preso quatro dias após o crime, em seu local de trabalho no centro de Palmas, inicialmente negando a autoria do homicídio, mas admitindo ter visitado a casa da vítima após conhecê-los em um bar.

Na época, o professor trabalhava no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional.