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O governador afastado do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), se tornou réu em uma ação na Justiça Federal por causa de um aparelho bloqueador de sinais telefônicos que foi apreendido dentro do gabinete no Palácio Araguaia, que é a sede do governo estadual. A apreensão foi em 2018, durante uma operação da Polícia Federal, e ainda não tinha sido revelada ao público.
A defesa de Mauro Carlesse informou que ainda não tem conhecimento da ação e que aguarda a citação para se inteirar sobre o caso.
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Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Mauro Carlesse não informou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e ao Ministério da Justiça sobre a utilização do bloqueador. O uso deste tipo de aparelho só é admitido pela Anatel em estabelecimentos penitenciários, sob regras bastante estritas.
O documento informa ainda que o bloqueador estava em cima da mesa de Carlesse no dia da apreensão, em 14 de julho de 2018. Na época, a ação investigava a liberação de emendas parlamentares nas vésperas da eleição suplementar daquele ano, em que Carlesse foi eleito governador pela primeira vez.
A decisão de receber a denúncia foi tomada pelo juiz federal João Paulo Abe, da 4ª Vara Federal Criminal em Palmas, no dia 2 de fevereiro. Ele determinou que seja realizada um audiência telepresencial para que Carlesse seja ouvido, o que ainda não tem data para acontecer.
No documento, o juiz lembrou ainda que após a apreensão do bloqueador de sinais, a Casa Militar, responsável pela segurança do governador, criou uma regra que proíbe a entrada de celulares no gabinete do Palácio Araguaia. A determinação segue vigente. Na época, o governo informou que se tratava de uma medida de segurança.
Atualmente Mauro Carlesse está afastado do cargo de governador por decisão do Superior Tribunal de Justiça. Ele é considerado suspeito de recebimento de propina e interferência política em investigações policiais, acusações que nega. O prazo do afastamento termina em abril. O governador também é alvo de um processo de impeachment na Assembleia Legislativa.
Por G1