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Com o objetivo de contribuir com o crescimento sustentável da produção de grãos no Tocantins, a Embrapa e parceiros realizaram na última safra, experimentos em diferentes propriedades rurais no estado de dois desses grãos: soja e milho safrinha. Os resultados foram apresentados recentemente em evento sobre milho safrinha ocorrido em Palmas, consolidando uma rede estadual contínua que avalia esses cultivares .
Três experimentos foram montados em municípios tocantinenses. Com plantio em 15 de fevereiro e colheita em 21 de junho, o primeiro deles foi na Fazenda Pedra Azul, município de Pedro Afonso, na região Centro-Norte do Tocantins. O segundo experimento foi plantado em 24 de fevereiro e colhido em 27 de junho na Fazenda Frigovale, em Porto Nacional, região Central do estado. Já na Fazenda Boa Esperança, município de Aparecida do Rio Negro, também na região Central, o experimento foi plantado em 14 de março e colhido em 12 de julho.
No caso do milho safrinha, foram avaliados 30 cultivares, todos híbridos, de diferentes empresas. São híbridos simples e triplos, com ciclos precoces e super precoces. Em todo o grupo, 12 cultivares obtiveram produtividade estatisticamente semelhante, com média de 127,75 sacas de 60 kg, o que equivale à média de 7,7 toneladas por hectare. Com relação ao índice de enfezamentos, sete cultivares também tiveram desempenho semelhante, obtendo média de 3,8% de infestação. Acompanhe nesta tabela o ranqueamento dos híbridos por produtividade (em sacas de 60 kg/ha); e nesta tabela o ranqueamento por índice de enfezamentos (em %).
Produtividades médias – As médias de produtividade conseguidas por todos os cultivares nos três experimentos foram 128,4 sacas (ou 7,7 toneladas) por hectare em Pedro Afonso, 130 sacas (ou 7,8 toneladas) por hectare em Porto Nacional e 95,1 sacas (ou 5,7 toneladas) por hectare em Aparecida do Rio Negro. Comparando-se a maior e a menor produtividades conseguidas e relacionando-as às respectivas datas de plantio, constatou-se uma diferença média de 110,2 kg por hectare a cada dia. Quanto mais cedo o plantio, maior foi a produtividade. Em termos de sacas de milho, foi 1,84 saca a menos por dia à medida em que o tempo passou. Ou seja, a época de plantio influenciou diretamente na produtividade conseguida pelos cultivares.
Esses e outros dados foram apresentados pelo pesquisador Rodrigo Véras da Costa, da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG). Ele atua na região do Matopiba, que engloba áreas de quatro estados: Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Rodrigo compõe um núcleo de pesquisa que trabalha com sistemas agrícolas na Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO).
Soja – Outro pesquisador que falou durante o evento foi Leonardo Campos, da Embrapa Soja (Londrina-PR) e que também atua no núcleo de sistemas agrícolas da Embrapa Pesca e Aquicultura. Ele mostrou resultados de experimentos feitos com 35 cultivares de soja – 21 com o evento transgênico IPRO e 14 com o evento transgênico RR – em Pedro Afonso e em Aparecida do Rio Negro. Os plantios foram em 14 de novembro do ano passado em Pedro Afonso e em 21 de novembro do ano passado em Aparecida do Rio Negro. A colheita aconteceu entre os dias 20 de fevereiro e 20 de março deste ano. O grupo dos cinco cultivares mais produtivos teve média de 69,6 sacas de 60 kg, o que equivale a uma produtividade média de 4,2 toneladas por hectare.
As melhores médias conseguidas nos experimentos são maiores que as médias de produtividade tanto da soja como do milho safrinha em 2016/2017 divulgadas em agosto pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com a instituição, no Tocantins a média de soja na última safra foi de 2,9 toneladas por hectare e a média de milho safrinha foi de 4,4 toneladas por hectare. Em números absolutos, o estado apresentou produções de 2.826,4 mil toneladas de soja e de 902,4 mil toneladas de milho (a maior parte milho safrinha) na safra 2016/2017. Os experimentos conduzidos pela Embrapa em parceria com outros agentes da cadeia produtiva de grãos do Tocantins mostraram potencial de crescimento na produtividade de milho e soja. O que, naturalmente, levaria a maiores produções destes grãos. (Com informações do Cultivar)
Foto: Aprosoja/Divulgação