Um caminhão carregado com cestas básicas, que alvo de uma denúncia por suposta tentativa de compra de votos, desapareceu em Alvorada, no sul do Tocantins. A Justiça Eleitoral chegou a emitir um mandado de busca e apreensão do veículo, mas quando a Polícia Militar foi ao local, nem o caminhão nem a carga foram encontrados.
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O veículo foi inicialmente abordado pela Polícia Militar na quarta-feira (2) na Avenida Pedro Ludovico, após uma denúncia anônima. A carga foi retida por irregularidades na nota fiscal, mas acabou sendo liberada pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) após o pagamento de uma multa. A pasta esclareceu que sua função é apenas a fiscalização tributária, e que outros tipos de controle são de responsabilidade de outras autoridades.
Na quinta-feira (3), o juiz eleitoral Fabiano Gonçalves Marques, da 14ª Zona Eleitoral, ordenou a apreensão do caminhão, justificando a medida como necessária para evitar a possível prática de abuso de poder econômico, compra de votos e conduta vedada a agentes públicos. O juiz informou que o veículo transportava 500 cestas básicas, previstas para distribuição na segunda-feira (7). Três pessoas foram mencionadas no processo, incluindo o prefeito de Alvorada, Paulo Antonio de Lima.
Porém, na noite da mesma quinta-feira, por volta das 19h10, uma equipe da Polícia Militar foi acompanhada pelo chefe do Cartório Eleitoral de Alvorada até o local onde o caminhão supostamente estaria. Lá, encontraram apenas um veículo com características diferentes. Buscas foram realizadas na área, mas o caminhão e a carga não foram localizados. A ordem judicial indicava que a mercadoria estaria no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da cidade.
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A denúncia inicial foi feita no dia 2 de outubro, quando o caminhão foi apreendido pela PM. Após o pagamento de uma multa de R$ 38.255, o veículo foi liberado, mas não se sabe quem era o responsável pelas cestas. O motorista, de 66 anos, afirmou que foi contratado para entregar os alimentos no local e apresentou uma nota fiscal no celular, que não correspondia à versão impressa apresentada posteriormente.
Segundo a PM, o prefeito Paulo Antonio de Lima chegou ao local e alegou que as cestas faziam parte de uma licitação para atender pessoas em situação de vulnerabilidade no município. O Ministério Público informou que abriu uma investigação sobre o caso. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que o episódio não foi registrado em nenhuma delegacia até o momento.