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Na madrugada desta segunda-feira (13), mãe e filha foram agredidas na portaria de um prédio no centro de Palmas. Uma das vítimas, Maikyanne dos Santos Lazaro, de 28 anos., contou ao G1 que o agressor é o irmão do ex-marido dela. O caso aconteceu na Arse 23, antiga quadra 208 Norte e, segundo a vítima, tudo aconteceu após o suspeito ser informado de que o ex-marido estava na casa dela e que os dois tinham discutido.
Uma câmera de segurança flagrou o momento em que o homem chega ao prédio, agarra o pescoço da vítima e agride também a mãe da mulher, que tentou defendê-la. (Assista o vídeo)
Durante a discussão, o homem recebeu uma ligação do irmão que dizia que estava na portaria do prédio. Eles desceram e as agressões começaram. Quando a briga começou uma vizinha chamou a polícia.
No vídeo, é possível ver que o ex-marido da vítima tentou afastar o irmão, que chegou no local agredindo Maikyanne. As imagens mostram o momento em que o homem dá um soco no rosto da mãe da jovem e rola no chão enquanto agride as vítimas. Em seguida, depois do fim da briga, o homem segura um tijolo e ameaça jogar nas mulheres.
“Fui estrangulada. Ele me enforcou e eu estou com o pescoço dolorido até agora. Me deu chutes. Eu acho que ele mordeu meu queixo. Estou toda roxa, com hematomas no corpo inteiro e com dor nas costelas”, contou a vítima.
Nesta terça-feira (14), um dia após registrar o caso na delegacia da mulher e pedir uma medida protetiva, a Maikyanne diz que continua com medo. Segundo ela, além das agressões o suspeito fez ameaças de morte.
“Teve uma hora ele disse que ia pegar a arma no carro e falou: ‘eu vou ensinar como é que mulher briga'”, contou a jovem.
A mulher conta que a mãe ficou muito machucada. “Minha mãe está com muita dor. Ela é mais corajosa que eu, está conversando já. Ela me defendeu como uma leoa. Mas eu psiquicamente estou pior. Não consigo fazer nada. Nem comer nem levantar na cama. Ontem não saí de casa”, disse.
A Maikyanne conta que divorciou do ex-marido, com quem teve três filhos, em 2018 e que na época perdeu o contato com o homem que era cunhado. Ela conta que nunca brigou com o suspeito, mas que sabia de ameaças que ele tinha feito. “Desde o começo ele nunca gostou de mim. Me xingava. Com a pandemia ele me mandou mensagem dizendo que queria participar da vida das minhas filhas e começou a frequentar nossa casa”.
A mulher conta que a relação com o ex é tranquila, mas que o homem nunca apoiou o relacionamento.
Ela diz que os filhos estão assustados e que pensa até mudar de cidade. “Eles viram o que aconteceu, mas me viram machucada. E eu passei o dia inteiro chorando. Espero que ele seja preso. E mesmo ele preso eu tenho medo”, disse.
A Secretaria de Segurança Pública disse que o caso foi registrado na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), mas o Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher decidiu que não se trata de violência doméstica. “Sendo assim, o caso será encaminhado para a 1ª Delegacia Especializada de Repressão às Infrações de Menor Potencial Ofensivo (DEIMPO)”, informou.
*Com informações do G1