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Uma operação da Polícia Civil cumpre, na manhã dessa segunda-feira (17), mandados de busca e apreensão na Câmara Municipal de Porto Nacional e em casas e escritórios em Palmas e Paraíso do Tocantins. O principal objetivo é investigar fraudes em licitações na Casa legislativa portuense. A ação é uma nova fase da operação Catarse, que investiga a existência de mais de 300 funcionários fantasmas na Secretaria-Geral de Governo.
Conforme a Polícia Civil, quatro pessoas foram presas. Elas estão ligadas a empresas de fachadas investigadas por participação nas fraudes. Entre os presos, dois são de Paraíso do Tocantins, um de Palmas e outro de Porto Nacional. Os nomes não foram divulgados.
| Documentos e outras provas estão sendo recolhidos na Câmara de Porto
Ao todos são cumpridos 10 mandados de busca em apreensão, sendo sete mandados de busca e apreensão em Porto Nacional, dois em Palmas e um em Paraíso do Tocantins. A polícia informou ainda que documentos e outras provas estão sendo recolhidos na Câmara Municipal, empresas, casas e em um escritório de contabilidade.
Ainda segundo a polícia, a operação Catarse vai ser realizada em todo estado, não apenas para investigar funcionários fantasmas, mas com o objetivo de apurar crimes que causam danos ao erário.
| Mandados também são cumpridos em escritório em Porto
Como começou
A operação Cartase teve inicio no dia 6 deste mês, quando cumpriu mandados de busca e apreensão em um hotel de luxo em Araguaína. O objetivo era investigar se a dona do local, Kátia Borba Neves, é funcionária fantasma do governo do Estado. A polícia apura prejuízo de R$ 250 mil aos cofres públicos.
No mesmo dia, uma denúncia anônima levou a Polícia Civil investigar uma servidora do estado que estaria estudando medicina no Paraguai. Segundo a Polícia Civil, a estudante Alcyany Chaves de Melo é enfermeira concursada e estava lotada em cardo de comissão no Hospital Regional de Araguaína.
No dia 7, mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Secretaria-Geral de Governo, onde a Polícia Civil investiga a existência de cerca de 300 funcionários fantasmas. No dia 13, o alvo foi um suposto funcionário fantasma lotado gabinete do deputado estadual José Bonifácio (PR). Ele foi identificado como Luzymar Aguiar da Luz. Segundo a denúncia, Aguiar é funcionário do deputado desde 2011 recebendo R$ 2.354,00. Ao mesmo tempo, ele cumpre jornada de trabalho semanal de 44 horas em uma empresa privada em Araguaína desde 2005. A suspeita é que ele tenha recebido mais de R$ 300 mil sem trabalhar.
Confira as fotos da operação
Fotos e vídeo: Divulgação
