Antes de ser assassinado, o cabeleireiro Wanderson Pereira de Menezes foi amarrado e colocado no porta-malas do próprio carro, conforme informações da Polícia Civil. A vítima, de 34 anos, foi atraída para um falso encontro, onde foi morto com facadas e um tiro na cabeça. Três pessoas já foram detidas, enquanto um quarto suspeito permanece foragido.
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De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o suspeito foragido já foi identificado, mas ainda não foi capturado. Os outros envolvidos, entre eles dois adolescentes, não tiveram seus nomes revelados.
Wanderson desapareceu na noite de segunda-feira (12), e sua família registrou a ocorrência no dia seguinte. O corpo dele foi encontrado na manhã de quarta-feira (14), às margens da Rodovia TO-080, perto do distrito de Luzimangues, em Porto Nacional.
Dois adolescentes foram apreendidos, e um jovem de 18 anos foi preso. O crime está sendo investigado como latrocínio.
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Natural de Natividade, no sudeste do Tocantins, Wanderson se mudou para Porto Nacional, onde se profissionalizou como cabeleireiro e abriu seu próprio negócio. Segundo um de seus irmãos, ele era uma pessoa honesta, humilde, trabalhadora e cheia de sonhos.
Após a liberação do corpo pelo Núcleo de Medicina Legal de Porto Nacional, o carro com o corpo de Wanderson passou em frente ao seu salão de beleza na tarde de quarta-feira, onde amigos e clientes se reuniram para se despedir. O sepultamento ocorreu em Natividade nesta quinta-feira (15).
O Crime
Wanderson saiu de casa por volta das 8h de segunda-feira (14) e não foi mais visto. Sua família rapidamente registrou ocorrência, e as investigações começaram.
Segundo a SSP, os suspeitos atraíram Wanderson para um falso encontro com a intenção de roubá-lo, mas acabaram matando-o com golpes de faca e um tiro na cabeça. Eles também utilizaram o cartão de crédito da vítima para fazer compras e descartaram seu celular em uma área de mata.
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A Polícia Militar localizou o carro de Wanderson depois que um policial à paisana avistou um veículo com características semelhantes ao do cabeleireiro entrando em um loteamento deserto, próximo a um frigorífico, em Paraíso do Tocantins, seguido por uma motocicleta.
O policial seguiu os veículos e, ao tentar abordá-los, os suspeitos fizeram movimentos suspeitos, como se fossem sacar algum objeto, o que levou o militar a disparar contra eles. Dois suspeitos conseguiram fugir, abandonando o carro.
A Polícia Científica confirmou que o veículo pertencia a Wanderson. Dentro do carro, foi encontrado um galão de gasolina de cinco litros. A polícia acredita que os suspeitos pretendiam vender o carro, mas decidiram incendiá-lo devido à repercussão do caso.
A Força Tática e a Polícia Rodoviária Federal conseguiram localizar dois adolescentes, de 14 e 15 anos, na TO-255. Eles confessaram a participação na morte de Wanderson, na ocultação do corpo e seus planos para o veículo da vítima.
Um jovem de 18 anos também foi preso, suspeito de envolvimento no latrocínio. As investigações revelaram que ele segurou a vítima enquanto os adolescentes o esfaqueavam. O quarto suspeito, ainda foragido, é apontado como o autor do disparo fatal na cabeça de Wanderson.
O caso continua sob investigação da 7ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Deic) de Porto Nacional.
Outro caso
Esse é o segundo caso de de latrocínio envolvendo homossexuais registrando na cidade em menos de dois meses. Em julho, o funcionário da BRK Ambiental Cleonaldo Pereira Soares, de 47 anos, foi brutalmente assassinado.
Segundo a polícia, Cleonaldo foi abordado pelos suspeito, que o atacaram com um bloco de concreto, desferindo golpes na cabeça que causaram traumatismo craniano, além de vários golpes com objeto perfurocortante na nuca. A vítima foi deixada agonizando às margens da avenida Jardim Aeroporto, no setor Jardim Aeroporto.
Os dois suspeitos do crime, Maxwell Dias de Sousa, de 20 anos, e Phelipe Gabriel Coelho Rodrigues, de 19 anos, foram indiciados pela Polícia Civil e denunciados pelo Ministério Público por latrocínio, mas ainda não foram preso. Tanto o inquérito quando a denúncia, não fazem menção a possibilidade do crime ter motivação homofóbica.