Bebê que teria começado a nascer na recepção de maternidade em Palmas tem clavícula quebrada durante parto

Mãe conta que médicos a mandaram voltar para casa e aguardar dilatação, mas que por causa das dores, ela ficou na recepção do Dona Regina.

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Nascido há quatro dias, o bebê Alberto teve a clavícula quebrada durante o parto Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas. Segundo a mãe, Larissa Silva, o filho começou a nascer na recepção da unidade, após ser orientada a voltar para casa e aguardar a dilatação para que o procedimento fosse realizado.

De acordo com a garçonete, quando passou a sentir as dores da contração, procurou a unidade, mas que os médicos pediram para ela retornar para casa, alegando pouca dilatação. Por causa das fortes dores, a Larissa resolveu aguardar na recepção da maternidade.

“E nisso meu filho começou a nascer na recepção. Eu senti, a primeira pessoa a colocar a mão nele foi minha sogra. Eles, ao invés de levarem uma maca, levaram uma cadeira de rodas. Eu ainda escorreguei”.

O raio-X feito no bebê foi analisado pela especialista em medicina fetal, Cristiane Pereira dos Santos. Segundo ela, a fratura na clavícula pode acontecer em alguns casos.

“Esse raio-X, a gente vê que tem uma fratura de clavícula esquerda. A fratura de clavícula é uma complicação possível nos partos normais porque ela pode ser espontânea ou a gente pode precisar fazer essa fratura. Quando o bebê passa pelo canal de parto e dobra os ombrinhos e às vezes pode ocorrer, porque o osso do bebê é muito molinho. E às vezes também quando a gente tem uma complicação, passa a cabeça do bebê, mas o ombro fica trancado na pelve da mãe, a gente pode precisar fazer a fratura para o bebê passar no canal de parto”, explica.

A família do menino Pedro Miguel enfrentou situação parecida durante o nascimento dele, que acabou tendo o braço quebrado durante o procedimento.

A mãe, a servidora pública Lorena Amaral, contou ao G1 que durante a gestação, acompanhou o crescimento do feto. “A gente estava consciente que iria ser uma cesariana, quando aconteceu de fazer o último ultrassom no Dona Regina, o peso foi de 2,5 kg. Então, poderia realizar um parto normal, só que depois de várias manobras sem sucesso, tiveram que intervir com a tentativa de quebrar a clavícula. Só que eu acho que no desespero da equipe, acabou quebrando o braço e não a clavícula”, relata.

A Sociedade Brasileira de Pediatria orienta que, nesses casos, o recém-nascido precisa ser examinado por um ortopedista-pediátrico e ter acompanhamento com medicação e fisioterapeuta conforme a necessidade.

A Secretaria de Estado da Saúde esclareceu que quando isso acontece no Hospital Dona Regina, é feito acompanhamento pelo núcleo de segurança do paciente, que monitora e analisa o caso. Esse núcleo também capacita a equipe em ações e estratégias que busquem aumentar a segurança de pacientes em ambiente hospitalar.

A secretaria informou ainda que o número de casos onde essa ocorrência se dá é baixo.