Assessores de deputado recebiam parte de salários de servidores fantasmas, diz polícia

Um envelope sem identificação teria sido deixado na delegacia contento informações referentes a esquema no gabinete de Valdemar Júnior (MDB)

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Em coletiva a imprensa, a Polícia Civil informou que os três assessores lotadas no gabinete do deputado estadual Valdemar Júnior (MDB), que foram presos na manhã dessa quarta-feira (19), são suspeitos de estarem envolvidos num esquema de recebimento de parte de salários de servidores fantasmas. Posteriormente, grande parte deste valor seria devolvida aos envolvidos.

Os suspeitos foram presos durante a operação da Polícia Civil que investiga funcionários fantasmas e danos aos cofres públicos. Participaram da operação agentes da 1ª Delegacia de Polícia de Palmas, da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (DRACMA) e da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC).

De acordo com o delegado Cassiano Oyama, além de uma denúncia anônima, um envelope sem identificação teria chegado à delegacia contendo informações referentes ao chefe de gabinete do parlamentar e outros dois servidores lotados naquele departamento. Os três foram presos preventivamente.

“A questão embrionária iniciou sobre a existência de funcionários fantasmas, mas a denúncia anônima que nos chegou foi que as pessoas que, além de serem funcionários fantasmas, tinham que devolver parte do salário que já era indevidamente recebido”, afirmou.

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| Gabinete do parlamentar ficou fechado após as prisões.

Ainda de segundo o delegado, para dar continuidade nas investigações, demais informações a respeito da operação seguem em segredo de Justiça. “Nenhuma investigação por enquanto aponta que houve devolução direta a parlamentar”, afirmou.

Conforme o delegado Gregory Almeida Alves, após a denúncia realizada na delegacia, foi instaurada uma força-tarefa na checagem das informações. Nesta quarta-feira, foram apreendidos telefones celulares dos investigados. Conforme o delegado, algumas testemunhas relataram que começaram a ser instruídas e ameaçadas ao fazerem parte do esquema de devolução de grande parte dos vencimentos.

“A informação foi confirmada de que as pessoas presas hoje estariam atrapalhando as investigações, inclusive intimidando as testemunhas, por isso representamos pela prisão preventiva dos envolvidos. Eles ficariam com uma mínima parcela dos salários e o restante seria devolvido aos integrantes deste núcleo”, explicou.

A ação é um desdobramento da operação Catarse, que investiga a existência de mais de 300 funcionários fantasmas na Secretaria-Geral de Governo. Na Assembleia, a policia também investiga um homem suspeito de ser funcionário fantasma no gabinete do deputado estadual José Bonifácio (PR).

Fotos: Divulgação

 

 

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