Já se passava um pouco mais das 20h, desta terça-feira (16), no Hospital Geral de Palmas. O horário de visita parecia ter encerrado, mas os corredores do 3º piso continuava um tanto movimentado. Algumas macas com pacientes estavam expostas nos corredores e as pessoas circulavam pelo local livremente. Até então a rotina não parecia estranha.
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Voltando a recepção, no andar térreo, uma equipe da Polícia Militar parecia abordar um jovem e logo depois saiu. Apesar do leve alerta, a cena passou um tanto desapercebida. De volta a um dos corredores onde estavam as macas com paciente, um grupo de internos e acompanhantes haviam se aglomerado no local, alguns uns em pé, alguns escorados na maca e outros em cadeiras de rodas indagavam sobre o que perturbavam.
E o assunto que ali chamava atenção era sobre o “arrastão”. É sério isso? “rapaz, entraram aqui e roubaram celular de pacientes”, bradava um senhor com seus mais de 55 anos vividos que já se encontrava ali há exatos oito dias na unidade a espera de uma cirurgia.
Foi uma arrastão, levaram celular de pacientes e de uma enfermeira que foi roubado dentro do elevador”, retrucava outro paciente, de menos idade, que não passava dos 25. “E não foi a primeira vez, está sendo comum o furto de celulares e objetos aqui dentro”, dizia.
Já o senhor voltou a bradar, segundo ele, policias militares fizeram ronda no prédio e pareciam procurar algum suspeito. “Eles entraram nesse quarto aqui em frente, e no outro só abriram a porta e um falou, aqui ele não está não”, repetia.
O senhor ainda relata, ‘eu estava deitado aqui na maca, o policial passou e viu o meu celular exposto. Ele pegou e o enfiou debaixo do meu travesseiro e disse, “não deixe a amostra que estão furtando celular aqui”‘.
Enquanto internos e acompanhantes são orientados a terem cuidados com seus pertences, entre os funcionários sobra o medo. Afinal eles sabem da realizada em tem que trabalhar em meio a toda essa insegurança do local.
Repercussão
Em poucos minutos o assunto dominava as redes sociais. Em grupos de whatsapp, por exemplo, um texto garrafal dizia que houve arrastão no HGP e um estupro em um dos elevadores. Opa, estupro? Essa palavra não veio em nenhum roda de prosa ou tentativa de indaga.
Outro lado
Sobre o arrastão, o Polícia Militar informou que não houve nenhum registro de ocorrência no HGP. Questionada sobre a presença dos policiais no local, a corporação disse que o “patrulhamento de equipes da PM no HGP é comum”.
Já a Secretaria da Saúde não respondeu até o momento a nossa solicitação. Porém à Gazeta do Cerrado, a pasta informou “que não houve registro de estupro ou arrastão no HGP, porém a Secretaria está atenta à necessidade de reforço e segurança na unidade”.
A secretaria disse ainda que “já está em fase final de contratação o processo licitatório, em caráter emergencial, para a contratação de empresa especializada em segurança que já foi selecionada e iniciará os trabalhos em um prazo de até dez dias”.