Após operação que investiga funcionários fantasmas, governo anuncia que fará recadastramento de servidores

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O Governo do Tocantins anunciou nesta sexta-feira (7), que a partir da próxima semana, dará início ao recadastramento de todos os servidores. A medica acontece após operação da Polícia Civil apontar indícios de mais de 3oo funcionários fantasmas na Secretaria-Geral de Governo. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Palácio Araguaia, na manhã desta sexta-feira.

Segundo o executivo estadual, “medida possibilitará à gestão, obter informações atualizadas sobre o local de trabalho e as atividades desenvolvidas por cada servidor.”

Conforme o próprio estado, na atualidade, dos 608 servidores da Secretaria-Geral de Governo, 326 são contratos temporários, 153 ocupam cargos comissionados e outros 129 são efetivos. Uma nova redução neste quantitativo será implementada após o término da vedação eleitoral, em 31 de dezembro. Em 1º janeiro, quando se dará o início da próxima gestão, será implantada a nova estrutura administrativa, mais enxuta e adequada à realidade financeira do Tocantins.

Entenda

As investigações da Polícia Civil começaram depois que a Delegacia de Investigações Criminais (Deic) recebeu denúncias de duas mulheres de Araguaína que seriam funcionárias fantasma. Uma delas é dona de um hotel de luxo na cidade. Já a outra cursa medicina no Paraguai e mesmo assim estava recebendo todos os meses.

Conforme dados do próprio Estado, 623 pessoas deveriam trabalhar no local, mas os investigadores só encontraram as folhas de frequência de metade dos servidores. Além disso, verificaram que o órgão não tem estrutura para abrigar tanta gente.

O governo do Estado informou por nota que vem identificando e levantando informações sobre servidores que se encontram em situação de ausência no trabalho. Sobre a operação da Polícia Civil, a gestão disse que colabora para o levantamento e vai instaurar procedimentos administrativos contra os servidores investigados.

O delegado José Anchieta disse que solicitou que pediu informações sobre os funcionários lotados na superintendência de Administração e Finanças da Secretaria Geral de Governo, mas não recebeu resposta. Depois disso, a delegacia começou a investigar as duas servidoras e solicitou mandados de busca e apreensão.

Os mandados foram atendidos pela Justiça e cumpridos na manhã de sexta-feira. Uma força-tarefa foi realizada para as buscas e não encontrou as folhas de presença de cerca de 300 funcionários da secretaria.

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