Atentado contra prefeito de Novo Acordo teria sido motivado por conflito na divisão de propinas

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Investigações da Polícia Civil apontam que o atentado contra a vida do prefeito de Novo Acordo, Elson Lino de Aguiar, conhecido como Dotozim (MDB), teria sido motivada por possíveis irregularidades administrativas. O vice-prefeito Leto Moura Leitão Filho (PRB) é apontado como o possível mandante do crime.

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Ele e mais duas pessoas foram presas pela Polícia Civil nesta quinta-feira (10). Dotozim foi baleado com três tiros dentro de casa em Novo Acordo. o Crime ocorreu na quarta-feira (9). O gestor está internado no Hospital Geral de Palmas (HGP) e conforme familiares, seu estado de saúde está estável. O gestor

Vice-prefeito é apontado como mandante do atentado

Os outros presos foram Gustavo Araújo da Silva, de 18 anos, suposto executor do crime e o empresário Paulo Henrique de Souza Costa, de 27 anos, apontado como suposto agenciador. Conforme as investigações, ele teria contratado Gustavo pelo valor de R$ 10 mil para executar o prefeito.

 De acordo com o delegado Diogo Fonseca, responsável pela ação policial, as investigações apontaram que o vice-prefeito do município, não satisfeito com o repasse de recursos decorrentes de possíveis transações fraudulentas na administração municipal, teria encomendado o crime.

“O não repasse de verbas no município de Novo Acordo resultou em um atrito entre os dois gestores do executivo e em razão disso ele optou pela decisão de ceifar a vida do atual prefeito, também conhecido como Dotozinho”, afirmou.

Ainda segundo o delegado, o principal motivo das divergências seria o rateio de R$800 mil possivelmente desviados da administração pública. “A princípio foram presos três envolvidos, sendo o agenciador, o executor e o mandante. A Polícia investiga agora também a participação de outras pessoas nesse agenciamento, porém até o momento estas três pessoas já estão confirmadas”, ressaltou.

Gustavo seria o executor do atentado contra o prefeito

Tentativas

O delegado informou ainda que o primeiro atentando foi encomendado por R$ 4 mil ainda em 2018, mas os pistoleiros não chegaram a ir até a cidade. No segundo ataque, desta quarta, o pagamento combinado seria de R$ 10 mil.

“Quando viram que o prefeito não tinha morrido, ele prometeu então R$ 20 mil para que eles voltassem e terminassem a tarefa após ele sair do hospital”, disse o delegado.

A ação que resultou na prisões contou com a participação das Delegacias Especializadas em Investigações Criminais (Deic) de Palmas e Porto Nacional e Delegacia Especializada na Repressão a Narcóticos (Denarc).

Outro lado

Leto negou que tenha encomendado a morte do prefeito de Novo Acordo. “Eu sou inocente. Não mandei matar ninguém. Dotozim é meu amigo”, disse o vice-prefeito.

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