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O estupro de vulnerável, crime que envolve abuso sexual cometido contra menores de 14 anos, independente se teve consentimento, fez 769 vítimas no estado entre os meses de janeiro e dezembro de 2022. O número foi divulgado pelo Ministério Público do Tocantins, com base nos registros recebidos pela Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP).
Dentro dessa triste estatística, ainda tem a informação de que a maior parte das vítimas são meninas com idades entre 11 e 13 anos. Mais de 86% das vítimas passaram por esse trauma em um período da vida que se aproxima da adolescência.
Para divulgar os órgãos que fazem parte da rede de apoio dessas vítimas e para orientar como evitar esse tipo de crime, o MPE, por meio do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação (Caopije) e a Prefeitura de Palmas vão lançar a campanha em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lembrado em 18 de maio.
O alerta é para que pais e responsáveis de crianças fiquem atentos às mudanças de comportamento que podem surgir quando a criança sofre algum tipo de abuso. Entre as mudanças padrão, de acordo com o órgão, estão:
- alterações de humor;
- agressividade que não era comum antes;
- vergonha excessiva;
- sentimento de culpa;
- pensamentos suicidas e angústia;
- sono perturbado;
- perda do controle da bexiga durante o sono, além do possível aparecimento de lesões físicas.
Caso algum desses comportamentos seja identificado, as instituições que podem ajudar são Ministério Público, Conselho Tutelar, a polícia ou o órgão de saúde ou assistência social mais próximo. Todos estão integrados ao Sistema de Garantia de Direitos das Crianças e Adolescentes.
Além dos órgãos de saúde e policiais, as vítimas e familiares podem fazer denúncias ao MPE, receber atendimentos psicológicos e orientação jurídica pelo Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes e Atos Infracionais Violentos (Navit).
Para denunciar casos de estupro de vulnerável, a pessoa pode procurar a promotoria mais próxima ou acessar site do MPTO. Também pode ligar para 127 ou baixe o aplicativo MPTO Cidadão.
Por g1