Advogada afirma ter sido agredida por servidor da Casa de Prisão em Palmas

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O caso aconteceu nesta quarta-feira (13). A advogada Mychelyne Lira Siqueira Formiga, de 45 anos, denuncia ter sido agredida dentro da Casa de Prisão Provisória de Palmas. Segundo ela, quando conversava com dois presos, em uma sala reservada, um agente penitenciário entrou no local e se negou a sair. A advogada afirma que o servidor tentou intimidá-la. Ele teria colocado a arma na mão e a agrediu verbalmente. depois jogou café quente nos seios dela.

Um boletim de ocorrência foi registrado na Central de Flagrantes. A Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça disse que está abrindo um Procedimento Administrativo Disciplinar para apurar o que de fato ocorreu.

A advogada explica que por volta das 15h, ela foi até a CPP para conversar com dois clientes. Ela estava com eles em uma sala que é reservada aos advogado.  “Nós temos a prerrogativa de falar reservadamente com nossos clientes”, ressaltou.

Mychelyne conta ainda que o agente penitenciário chegou de forma brusca, e ao ser perguntada ele ele iria demorar, uma confusão começou. Ela disse que o técnico não saiu e nem a deixou sair.

O agente colocava a arma na mãe o tempo todo para intimidar  e com a outra mãe segurava um copo com café, relata  a advogada. “Ele começou a falar que todos os advogados se achavam e que todas as advogadas eram vagabundas, e eu também era”, desabafa.

Mychelyne contou que as pessoas não conseguiam ouvir a confusão porque os vidros da sala são blindados. Momentos depois, chegaram mais dois técnicos de defesa social. Quando ela foi simular o que havia acontecido, o técnico jogou café quente nela. “Os três técnicos quiseram inverter a situação e disse que eu havia jogado café em mim mesma”, contesta.

Após o ocorrido, a advogada foi até o juiz de de Execuções Penais e relatou o caso. Um boletim de ocorrência foi registrado contra o servidor e Mychelyne fez exames de corpo delito no IML da capital. Ela disse que sofreu queimaduras leves nos seios.

Para advogada, isso “aconteceu isso porque sou mulher, se fosse homem não teria passado por esse constrangimento.”

A OAB-TO disse que não vai medir esforços para obter todas as providências necessárias contra a agressão sofrida pela advogada. A entidade disse que irá “até as últimas consequências para que o agressor e os outros dois técnicos sejam exemplarmente punidos”.

A Ordem também se colocou a disposição, para caso necessário, vamos ajudar na ação criminal contra o agressor.

Foto: Divulgação

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