Julgamento de acusado de matar taxista em Palmas é adiado após promotor não comparecer

Acusado será julgado pela pela 2ª vez após Júri Popular ser anulado em 2019. Segundo informações, promotor teria sofrido um acidente doméstico e sessão foi remarcada para o dia 2 de maio.

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O acusado de matar o taxista Alan Kardec de Oliveira na frente da própria casa em Palmas, em janeiro de 2015, deveria ir a julgamento pela segunda vez, nesta segunda-feira (21), mas sessão foi adiada. Conforme o advogado de defesa, Paulo Roberto da Silva, o promotor de Justiça não compareceu. Segundo informações, ele teria sofrido um acidente doméstico, o que levou ao adiamento do Tribunal do Júri. 

A sessão foi remarcada para o dia 2 de maio, no fórum de Palmas.

No primeiro Júri Popular, realizado em outubro de 2019, o réu Cléber Venâncio acabou sendo inocentado pelos jurados. Mas o Ministério Público Estadual recorreu e a sentença foi cassada pela 2ª Turma da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Tocantins. Com isso foi determinado que o réu fosse submetido a um novo julgamento pelo Tribunal do Júri.

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Taxista Alan Kardec de Oliveira foi morto na frente da própria casa – Foto: Divulgação

O Tribunal do Júri é formado por sete jurados, que compõem o conselho de sentença e que irão definir se o acusado é culpado ou inocente pelo homicídio.

Entenda

Alan Kardec foi assassinado com cinco tiros na frente da própria casa no momento em que trocava um pneu do carro. Ele era um dos taxistas mais antigos de Palmas e tinha uma frota de carros. Na época, a vítima foi morta na frente do filho de 8 anos.

A investigação da Polícia Civil apontou na época que Cléber Venâncio é um pistoleiro e que ele armou a emboscada a mando de uma terceira pessoa.

A realização do júri popular foi determinada ainda em 2016, quando o juiz Gil de Araújo Corrêa, da 1ª Vara Criminal de Palmas, afirmou em decisão que havia indícios suficientes de que o réu planejou uma emboscada para o taxista.

“Vislumbro elementos que apontam que os autores do delito provocaram uma emboscada à vítima, aparentemente murchando o pneu dianteiro de seu veículo, forçando-a promover a troca e assim executá-la”, afirmou o juiz na época.

O acusado foi preso porque uma das testemunhas do assassinato, que não teve a identidade divulgada, informou que seguiu o suspeito até a casa dele após presenciar os disparos. A versão da testemunha foi confirmada por meio de vídeos feitos pelas câmeras de segurança da região.