Uma empresária de 35 anos denunciou um caso de espionagem em seu apartamento, localizado em São Vicente, litoral de São Paulo. Milena Augusta relatou que estava em um momento íntimo, sem roupas, quando percebeu a presença de um drone parado diante de sua janela. Sentindo-se invadida e exposta, a empresária afirmou que o episódio causou grande desconforto.
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Moradora do 2º andar de um prédio no bairro Boa Vista, Milena contou que a aeronave permaneceu estabilizada diante de sua janela por tempo suficiente para fazê-la acreditar que estava sendo filmada.
Assista o vídeo:
“Levei um susto enorme e, por alguns segundos, fiquei sem reação. O drone estava parado, na minha direção. Resolvi gravar a situação e expor nas redes sociais”, relatou. A empresária ainda se questiona sobre quem poderia ser o responsável pelo equipamento.
Reincidência do Caso
Milena revelou que essa não foi a primeira vez que enfrentou uma situação semelhante. No final de janeiro, um drone já havia sido avistado em sua janela, mas, naquela ocasião, permaneceu por menos tempo. O ocorrido tem gerado insegurança, fazendo com que ela evite manter as janelas abertas.
“É um sentimento horrível, de invasão de privacidade. Não me sinto mais segura dentro da minha própria casa”, desabafou.
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Posicionamento da Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de São Vicente lamentou o ocorrido e informou que a regulamentação do uso de drones é de responsabilidade da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No entanto, a administração municipal afirmou que estudará possíveis medidas para evitar situações semelhantes e recomendou que a vítima registre um boletim de ocorrência.
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Regulamentação do Uso de Drones
De acordo com o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial (RBAC-E) da Anac, drones podem ser classificados como “aeromodelos” quando usados para lazer ou como RPAS (Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada) para fins profissionais.
As normas estabelecem que os voos devem ser limitados a 400 pés (cerca de 120 metros) de altura, pois acima desse nível circulam aeronaves tripuladas. Além disso, os drones não podem se aproximar a menos de 30 metros de pessoas que não tenham autorizado sua operação.