O comediante Ary Toledo, de 87 anos, morreu neste sábado (12) em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, no centro da capital, e foi a óbito por volta das 08h17. A família confirmou a notícia por meio das redes sociais oficiais do comediante, assim como a funerária responsável pelo preparo do corpo. Em uma publicação no Instagram, os familiares declararam:
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“Com profundo pesar, anunciamos o falecimento de Ary Christoni de Toledo, um humorista brilhante que iluminou nossas vidas com seu talento e risadas. Que sua memória continue a trazer sorrisos a todos nós… Sentiremos sua falta, Mestre.”
O velório será realizado no Ossel Memorial, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, neste sábado (12), a partir das 19h. A cerimônia de cremação será reservada à família.
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Quem foi Ary Toledo?
Nascido em Martinópolis e criado em Ourinhos, no interior de São Paulo, Ary Toledo se mudou para a capital paulista aos 22 anos com o objetivo de seguir carreira artística. Inicialmente, atuou no Teatro de Arena, mas foi no humor que encontrou sua verdadeira vocação a partir dos 27 anos. Com um repertório vasto de mais de 30 mil piadas, ele se destacou por seu estilo irreverente e irônico, levando seu talento para shows, discos, programas de TV, livros e CDs, muitos dos quais vendidos em bancas de revista.
Torcedor apaixonado pelo Corinthians, Ary também é lembrado pelas famosas frases associadas ao lendário presidente do clube, Vicente Matheus. Muitas dessas frases, repletas de humor e situações atrapalhadas, foram criadas ou adaptadas por ele, tornando-se parte do imaginário popular brasileiro.
Durante o regime militar, Ary protagonizou um episódio polêmico ao fazer uma piada crítica ao Ato Institucional V, dizendo: “Quem não tem cão, caça com gato, e quem não tem gato, caça com ato”. Após a apresentação, ele foi preso, mas liberado em seguida.
No início de sua trajetória no humor, Ary contou com o apoio de nomes como Vinícius de Moraes e Elis Regina, que o incentivaram a seguir na comédia. Ao longo de sua carreira, ele reuniu um acervo de 65 mil piadas, consolidando-se como uma das grandes referências do humor brasileiro.
