A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (10) o assessor parlamentar Daniel Ribeiro Lemos, suspeito de envolvimento no esquema conhecido como “Abin paralela”, durante a quinta fase da Operação Última Milha. A investigação apura um esquema conduzido por um grupo dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que teria espionado ilegalmente autoridades dos Três Poderes e jornalistas.
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Daniel Lemos, assessor do deputado federal Pedro Souza Junior (PL-TO), é o principal alvo desta fase da operação.
Após a prisão, o parlamentar divulgou uma nota à imprensa manifestando “preocupação” e anunciando a exoneração imediata de Daniel.
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“É com grande preocupação e seriedade que recebi a notícia da prisão do Sr. Daniel Ribeiro Lemos, que atuava como assessor em meu gabinete. Diante desse fato, reafirmo meu compromisso com a ética e a legalidade em todas as minhas ações e nas ações de todos aqueles que colaboram com o meu mandato”, afirmou o deputado.
Pedro Souza Junior reforçou sua confiança em um “processo justo e transparente”, garantindo que todos devem ter o direito de defesa, mas destacou que “não compactua com qualquer tipo de irregularidade, desvio de conduta ou propagação de fake news”.
Segundo a Polícia Federal, o suspeito recebia e disseminava desinformações produzidas pela organização criminosa, utilizando seu acesso ao parlamento federal para difundir os conteúdos. Ele também teria enviado essas informações a agentes estrangeiros, induzindo-os ao erro. A prisão de Daniel Lemos foi acompanhada pelo cumprimento de dois mandados de busca e apreensão em Brasília.
Ainda de acordo com a PF, Lemos continuava a disseminar notícias falsas por meio de redes sociais. Em julho deste ano, ele já havia sido alvo de um mandado de busca e apreensão em uma fase anterior da operação.
A defesa de Daniel Ribeiro Lemos não foi localizada até o momento.
