Uma operação conjunta entre Ibama, Funai e PRF destruiu maquinários e materiais utilizados por garimpeiros nesta sexta-feira (6) na Terra Indígena Kayapó, em Cumaru do Norte, sudeste do Pará. Não foram registradas prisões durante a ação.
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Diversos focos de incêndio também foram identificados. Segundo as equipes de fiscalização, os invasores provocam o fogo deliberadamente para facilitar a abertura de áreas destinadas ao garimpo, como parte de uma estratégia para consolidar o controle sobre o território.
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De acordo com Hugo Loss, coordenador de operações de fiscalização do Ibama, a Terra Indígena Kayapó se tornou a área com o maior número de focos de incêndio no Brasil desde quinta-feira (5), contabilizando 5.667 registros.
Durante a operação, os agentes destruíram 15 escavadeiras hidráulicas, além de motores, veículos e combustível. A ação também identificou a presença de cinco vilas que serviam de base logística para o garimpo ilegal dentro da terra indígena.
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A operação, denominada Xapiri Tuíre, é a maior realizada neste ano na Terra Indígena Kayapó. As incursões anteriores haviam enfrentado dificuldades logísticas. O nome da operação homenageia Tuíre, uma liderança Kayapó que faleceu em 10 de agosto de 2024, conhecida por sua luta em defesa dos direitos indígenas e do meio ambiente.
A Terra Indígena Kayapó é uma das áreas contempladas pela ADPF 709, ação em que o STF determinou, em 2023, a retirada de invasores não indígenas dessas terras.