As investigações da Polícia Civil apontam que o deputado estadual Valdemar Júnior (MDB) e a ex-esposa dele, Flavilene Maria, eram os beneficiários finais do suposto esquema de servidores fantasmas no gabinete do parlamentar. Eles foram alvos da 5ª fase da operação Cartase.
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Mandados de mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante a manhã desta segunda-feira (7) na chácara e na residência do parlamentar em Palmas. A polícia informou que chegou a solicitar a prisão preventiva do deputado, mas o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça.
A operação investiga a existência de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa e danos ao erário. Na fase anterior da investigação, três funcionários do gabinete de Valdemar Júnior foram presos.
A Polícia suspeita que existe um esquema estruturado para captar recursos públicos de forma ilegal com a contratação de assessores legislativos fantasmas. Esses servidores não trabalhavam, mas recebiam o salário e tinham que devolver a maior parte para os funcionários que serviam como coletores.
Em trecho da decisão que autorizou os mandados diz “[…] após receberem seus proventos, os “devolviam” substancialmente a pessoas denominadas como “coletoras”, lotadas no referido gabinete e que, por sua vez, faziam chegar à Sra. Flavilene Maria (ex-esposa do mencionado parlamentar)”
Ainda conforme as investigações, o parlamentar e a ex-mulher também estariam envolvidos no esquema, que seriam os beneficiários finais dos valores repassados pelos servidores.
A Polícia informou ainda que o pedido de prisão preventiva contra o deputado foi feito porque ele estaria determinando a destruição de provas por parte dos demais investigados.
O outro lado
A defesa do parlamentar informou que na casa do deputado foi apreendido apenas um celular. Também afirmou ainda que no gabinete do parlamentar não há nenhum servidor fantasma e que vão prestar os esclarecimentos necessários para a investigação.
