Pesquisa traça perfil de usuários de drogas que recebem tratamento no Tocantins

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A maior parte dos usuários de drogas tem problema.com crack, é o que aponta pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio da Gerência de Ações Sobre Drogas. Os estudos traça o perfil do usuário de drogas atendido nas comunidades terapêuticas do Tocantins. Ao todo, 11 comunidades foram pesquisadas, dentre elas, cinco são conveniadas à pasta e ofertam tratamento para pessoas envolvidas com álcool e/ou outras drogas.

A esquisa começou a ser aplicada em março deste ano. O gerente de Ações Sobre Drogas, José Américo Júnior. Explica que “os questionários foram aplicados por colaboradores e respondidos de forma voluntária pelos acolhidos para manter o sigilo de identidade e a garantia da individualidade de cada um”.

O levantamento entrevistou homens e mulheres entre 17 e 60 anos e apontou que a maior parte dos atendidos são jovens, com idades entre 26 e 35 anos, de escolaridade fundamental incompleta, de baixa ou nenhuma renda.

Outro aspecto da pesquisa aponta que a maior parte dos entrevistados tem problemas com o crack e são negros ou pardos. “Há indícios de que o tabaco e o álcool, seguidos pela maconha, são as primeiras substâncias psicoativas consumidas por um adolescente que poderá se tornar um propenso usuário de crack”, diz José Américo Júnior.

O dado apresentado é confirmado quando a pesquisa indica que o início do uso de drogas pelos entrevistados foi entre os 14 e 18 anos de idade, com consumo associado de crack, álcool e maconha e também que tinham alguém da família que já apresentava problema com outras drogas.

“São muitas as situações que levam um indivíduo a se envolver com álcool e outras drogas, então compreender e aprofundar o perfil do usuário nos auxilia a enxergar a complexidade do seu cotidiano e no direcionamento da aplicação das políticas”, elucida José Américo, reiterando a importância do trabalho realizado. “Com a pesquisa nós conseguimos identificar as vulnerabilidades vividas pelos atendidos. O contexto social do assistido é ferramenta fundamental para o desenvolvimento das ações”, complementa.

O levantamento aponta ainda que o primeiro contato com a droga veio através de amigos ou colegas e que 95% deles procuraram ajuda e tratamento por vontade própria. “Um dado preocupante da pesquisa é que quase metade dos atendidos teve ideação suicida em algum momento, por isso mantemos o Núcleo Acolher, que oferece auxílio psicológico, fundamental no desenvolvimento do nosso trabalho”, expõe.

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