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O corpo do 17º suspeito morto em confronto com a polícia na Operação Canguçu foi identificado pelo Instituto Médico Legal (IML). O homem é natural de São Paulo e os parentes deram entrada nos procedimentos para retirada do corpo, que deve ser liberado ainda nesta quinta-feira (11).
Os nomes dos criminosos mortos no confronto não vêm sendo divulgados pela polícia. A maioria dos envolvidos no ataque a Confresa (MT) é do estado de São Paulo – nove mortos e dois presos, dentre os 19 que foram encontrados na área de buscas.
O último confronto foi registrado nesta quarta-feira (10), quando ocorreu a morte do 17º suspeito na TO-354, próximo da fazenda Terra Boa, na zona rural de Pium.
A Operação Canguçu também contabiliza cinco presos, dois foram encontrados no cerco policial na zona rural do Tocantins. Outros três suspeitos de ajudarem no planejamento logístico foram encontrados em Redenção (PA) e em Araguaína (TO).
A operação na zona rural do Tocantins começou no dia 10 de abril, um dia após os criminosos tentarem assaltar uma transportadora de valores e fugirem para a zona rural do Tocantins. Eles foram surpreendidos pela fumaça e saíram sem levar nada. Até o início da semana a suspeita da polícia era de que restavam três criminosos na mata.
A busca pelos assaltantes é feita por uma força-tarefa de mais de 300 policiais de cinco estados. Os criminosos estão cercados e sem saída. Eles chegaram a ficar dias escondidos na copa das árvores e têm se alimentando de espigas de milho e sal de ureia, usado na alimentação de gado.
Essa é considerada pela polícia uma das maiores operações para capturar criminosos do país. Tanto o comando da operação como os governadores dos estados envolvidos afirmam que as buscas devem continuar até que o último suspeito seja localizado.
Dentre os presos estão dois suspeitos localizados pela Polícia Militar na área da operação Canguçu, no Tocantins, e outros três homens que teriam participado do planejamento do crime capturados pela Polícia Civil do Mato Grosso, em Redenção (PA) e Araguaína (TO).
A tecnologia tem ajudado no trabalho da força-tarefa montada para perseguir o bando. Os policiais têm utilizado binóculos com visão noturna e drones com câmeras termais para localizar os criminosos.
Operação
As buscas no Tocantins começaram no dia 10 de abril, depois que os criminosos fugiram do Mato Grosso e entraram no estado usando embarcações e navegando pelos rios Araguaia e Javaés. Eles até tentaram afundar barcos para despistar as equipes policiais. São mais de 300 policiais de cinco estados.
Mesmo durante a fuga os criminosos têm deixado um rastro de terror, invadindo propriedades e fazendo pessoas reféns. Áudios divulgados nas redes sociais mostram o medo dos moradores em Marianópolis do Tocantins.
Nos últimos dias foram encontrados rastros dos criminosos, como espigas de milho e sapatos velhos próximo da região do povoado Café da Roça, na zona rural de Pium. Também foi encontrado sal com ureia, que serve para alimentação de bovinos, e estaria servindo de alimento para os fugitivos.
Os suspeitos ainda estariam usando sacos amarrados aos pés, para tentar não deixar pegadas por ponde passam. Estratégia que foi descoberta com a morte de um dos suspeitos.
As equipes que fazem parte da Operação Canguçu percorrem uma área de 4,6 mil km, em quatro cidades. Um verdadeiro arsenal de guerra foi apreendido durante a operação. Entre as apreensões estão armamento de grosso calibre, inclusive fuzis furtados da PM de São Paulo, milhares de munições, coletes à prova de bala e outros materiais.
Por g1